César deve morrer

César deve morrer; Baseado na obra literária do fora de série dramaturgo inglês William Shakespeare e dirigido pela dupla Paulo e Vittorio Taviani, Itália, 2013. Não é porque um filme que ganha um dos principais prêmios do cinema ( Urso de ouro em Berlim ano passado ) é que esta obra seja necessariamente uma unanimidade, alias se tem uma coisa que o cinema encanta é esse seu lado dúbio, não exato onde cada qual pode ou não gostar da obra vista. Particularmente não curti esse filme e claro, não achei merecedor a ganhar o urso de ouro no festival de Berlim, o principal da Europa ( antes mesmo do famoso e mafioso dos últimos tempos pra cá por colocar o “merdético “ do George Clooney em sua cadeira de organizador do festival ano passado e ano retrasado indicando outro bosta americano: Steve Spielberg como principal organizador do evento em 2011, caracterizando assim como um festival de Glamour e produzido para a indústria perdendo seu foco artístico nos últimos tempos que era a sua principal característica. Refiro-me obviamente ao excelente, extinto, artístico e experimental festival de Cannes, localizado na bela Riviera Francesa. Depois de algumas explanações engasgadas por essa indústria cinematográfica mundial que a cada dia castra mais e mais a liberdade dos diretores de cinema, agora explicarei o porquê de não ter achado o filme César deve morrer interessante, apesar de ter tido uma proposta legal que era pegar presos de uma cadeia de segurança máxima ( entenda isso como estupradores, assassinos e miseráveis dos mais altos escalões )na Itália e colocá-los a interpretar como atores reais a peça da traição de Brutus ao imperador romano Alexandre: O Grande. Óbvio que o jargão mais conhecido do texto dito pelo imperador traído aparece no final: “ Até tu, Brutus?”. Entretanto por mais que a idéia seja bacana, que é a ressocialização desses presos o filme em si é bem fraquinho e falta um pouquinho ( pra não dizer poucão ) de tudo, menos da vontade desses presos em atuarem, mas como estes não tinham preparação para isso, ou seja, não eram atores: Por isso filme fica fraco também nas atuações por mais visceralidade em que estes supostos atores tenham colocados em seus personagens da lendária história da traição do mais poderoso imperador romano de todos os tempos por um dos seus homens de confiança. Entretanto por mais vontade que tiveram esses atores ao filme, existe buracos em praticamente todos os aspectos do filme sendo que o buraco principal é o seu próprio fraco roteiro, este que poderia dar uma “mão” aos atores-amadores, e este não os ajuda em nada. Em suma e síntese final apesar de a idéia ter sido interessante e criativa, faltou direção de elenco para que o filme cativasse, e sincera e honestamente: Ganhar o festival de Berlim como melhor filme fora um tanto puxação de saco, só e única exclusivamente para fugir dos filmes padrões que o festival sempre premiava dos últimos anos pra cá. Experimentações são e serão sempre bem vindas, todavia estas têm de ter qualidade para se firmar entre os grandes, e isso de fato não acontece no filme dos diretores italianos irmãos Paulo e Vittorio Taviani.

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