Inch’Allah

Inch’Allah, dirigido e escrito por Anais –Barbeau-Lavalette, com Evelyne Brochu protagonizando o fraco drama gaulês de 2012. A pretensão da estória a ser contada em si é louvável, pois aborda ou ao menos tenta abordar o que a mídia não cobre: ( por questões econômicas e até óbvias ) O lado mais “fraco” do conflito entre Palestina e Israel, onde o lado palestino é o mais fraco por não ter o apoio dos EUA, contrariamente a Israel. O drama se baseia na ida de uma médica francesa a uma vila palestina prestar serviços médicos para seus carentes moradores. Por a vila ser uma zona de guerra entre os dois países nada irmãos, sempre acontecia conflitos e mortes, obviamente do lado mais fraco, ou seja, dos habitantes da Palestina. Essa “injustiça” mexe com os brios da médica com seus ideais franceses, de modo que ela acaba por se relacionar “mais” do que deveria com seus pacientes vizinhos. Afinal de contas: será que alguém de carne e osso deixaria passar despercebido tal despautério conflitante entre esses dois povos e religiões, sem se sentir ao menos culpada por nem sequer tentar amenizar a dor dessas pessoas? Com o tema do embate secular entre as religiões dessas nações ( tema esse bacana para fazer filmes legais, os quais já tive a felicidade de ver alguns), porém esse em questão resenhado é frágil em seu roteiro, as idéias são desconectadas e os personagens não vão bem, principalmente sua protagonista, onde esta poderia ser mais ativa e visceral em sua atuação, todavia se limita a fazer o papel de uma médica fraca sentimentalmente e seque saber para que time torce de fato, ou seja, Israel , Palestina ou até nenhum, pois quando os palestinos precisam dela verdadeiramente ( no caso da cena do parto de uma palestina amiga sua em um carro em plena fronteira) , ela não consegue salvar o bebe , fato este que acaba com qualquer amizade que ainda existia entre as duas amigas. O filme nos dá um toque bacana, que é: Por mais que um lado seja o mais fraco ou mais forte, é necessário nós escolhermos o que queremos defender, pois ficar em cima do muro só serve para políticos, e estes conhecemos bem como agem.

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