A Família

A Família, dirigido e roteirizado por Luc Besson, França, EUA. Até que fim Robert de Niro fez um papel do tamanho do seu talento e consegue reviver os seus grandes personagens mafiosos. De alguns anos pra cá não conseguia entender o porquê de tal desporudamento do ator em aceitar tantos convites de filmes e personagens fáceis de fazer e porque não escrever, estúpidos também. Ele deve ter ligado o foda-se sabendo que não poderia mudar o lixo da indústria de Hollywood, se prestava então sarcasticamente a fazer papéis fúteis, assim como eram os filmes dando uma resposta ao meio: “ Se é somente pela grana, então vamos escrachar de vez”. Não foram duas nem três vezes que ouvi e li de críticos gabaritados nacionais e internacionais que o ator aceitava tais personagens por estar em profunda depressão e sua carreira estaria no final, e final deprimente. Nunca acreditei em tais críticos e achava, assim como ainda acho , que a intenção do ator era dar “um tapa na cara” da indústria do cinema americano, mas só que com luvas, ou seja , com suavidade aceitando a se submeter a papeis e filmes menores que ele. Pois bem, escrito isto agora podemos voltar ao filme em questão, onde este não é nenhuma maravilha também, mas passa longe dos outros que o atorzaço vinha fazendo. A sinopse trata de uma família ítalo-americana ligada a máfia que depois de uma suposta traição fica obrigada a se mudar para a Normandia, então aí é que os problemas de adaptação começam em uma família nada típica formada por uma mãe católica e pilhada, uma filhinha de 17 anos boa de briga junto com seu irmão caçula, porém mais inteligente e por fim temos o pai da família: Sr. Robert de Niro, que faz o papel de um mafioso caçado por inimigos, vigiado e/ou protegido pelo FBI por fazer ter colaborado com informações para prender outro mafioso que possivelmente estava atrapalhando seus negócios no Brooklin em Nova Yorque. De certo modo o protagonista por não poder tirar os pés de casa em uma pequena cidade francesa para sua própria segurança, assim dizia o FBI, começa a escrever uma autobiografia, e isso acontece por pura falta do que fazer. Todavia o filme não se torna monótono justa e exclusivamente pela atuação do seu protagonista que sabe como poucos interpretar um mafioso ou um fora-da-lei, mesmo que este mafioso estivesse à maior parte do filme trancafiado e grampeado dentro de uma casa com seu cachorro dentro. Existem certos filmes em que atores salvam estes, e este foi um caso típico disso com o seu protagonista por vezes lembrando em certas cenas os filmes em que De Niro brilhou, que foi a puta trilogia do mundo marginal da sétima arte de todos os tempos: O poderoso chefão I, II e III. Salve os grandes e cresça Hollywood.

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