Tese sobre um homicídio

Tese sobre um homicídio (Tesis sobre Homicídio ), de Hernán Goldfrid, Argentina, 2013. Quando vamos escolher um filme para assistir levemos em conta alguns detalhes, tais como: quem é o diretor, o elenco ou a nacionalidade do filme. Pois bem no caso desta película levei em consideração os dois últimos citados, ou seja: o elenco e a nacionalidade do filme. Dos cinco últimos anos pra cá tornei-me um fã assumido do cinema argentino por sua qualidade e de um ator em especial que fez os mais importantes recentes filmes portenhos que é o Ricardo Darín. Por estes argumentos fui conferir o meu primeiro filme visto de suspense policial argentino, e um dos poucos do gênero produzido neste solo, pois como mencionei sou um assíduo cinéfilo dos filmes deste país vizinho que sempre primou pela qualidade em suas películas. Mas da primeira decepção a gente sempre corre o risco e foi justamente isso que sucedera ao ver esse filme. Vejam bem: esta conclusão de que o filme não é bom foi e é puramente pessoal: é possível que assistam e gostem do filme, mas como fiquei “mal-acostumado” nesses últimos tempos em só ver filmes muito bons argentinos, este não passou pelo meu critério de suposta qualidade e tentarei a partir daqui enumerar o porquê disso. Em primeiro lugar os filmes argentinos têm como sua maior qualidade os seus roteiros que são sempre inteligentes e entendíveis, não que eles sejam redondos ou de fáceis percepções e entendimentos ou “mastigados” ( nada disso ), são roteiros agradáveis e inteligentes acima de qualquer gênero e isso infelizmente não acontece com o roteiro de Tese sobre um homicídio onde vemos um protagonista que era um professor universitário de direito, interpretado por Ricardo Darín, desnorteado em seus valores confundindo um suposto desmembramento de um assassinato com a sua capacidade em esclarecer o crime ou até a falta dessa capacidade. O que percebemos é que apesar de o cinema ser uma arte, e por isso esta permite uma certa liberdade criativa em comparação a outras áreas , porém ainda assim mesmo que seja uma arte, esta tem regras a serem respeitadas, coisa qual a Argentina não a fez pensando que já se encontrava pronta para realizar um filme de suspense psicológico bom, assim como faz em outros gêneros como o drama ou a comédia. O gênero do suspense tem por si elementos peculiares que o fazem como um gênero atípico que carece de mais amadurecimento por parte dos seus roteiristas e diretores e fica claro que nossos vizinhos portenhos ainda não estão preparados para a produção de fitas do gênero, e se eles não estão prontos ainda para o suspense psicológico quem dirás, nós: o Brasil que se encontra “ anos luz” atrás deles. Para filmes bons de suspense é melhor recorrermos aos americanos ou aos europeus; é bem mais seguro.

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