Renoir

Renoir, dirigido e roteirizado por Gilles Bourdos, França, 2013. O cinema por vezes decepciona pela expectativa. Quando propus-me a ver tal fita de renomado artista impressionista, esperava uma cinebiografia do pintor e não apenas a estória no definhar dos seus últimos dias já sofrendo com artroses. E a decepção não para por aí: o filme, apesar de ter uma estupenda fotografia, é frígido em não mostrar o processo criativo de Renoir e tampouco mostrar suas obras, estas que foram “originalmente” feitas pelo principal pintor que fraudava as obras do astro francês e as vendia como se fosse dele. Tal ladrão fora especialmente contratado para fazer os quadros somente para o filme e estes por sua vez poucas vezes foram mostrados. O filme também nos dá uma ultima impressão de Renoir como um ser severo e até cruel para com seus filhos, principalmente o que voltara da guerra por convalescência e tivera um affair com a sua musa inspiradora, que era uma atriz das redondezas. É verdade que o filme tem algumas frases interessantes, tais como: “ A guerra passa, mas a arte fica”, porém se tratando de um dos maiores pintores impressionistas e que influenciou tantos outros o filme deveria ser mais completo com um roteiro menos rabugento, assim como era Renoir. De qualquer maneira e principalmente por sua fotografia e não necessariamente pelas pinturas o filme, apesar de não ter a densidade que esperávamos vale ser visto como mera distração.

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