Indomável sonhadora

Indomável sonhadora. Dirigido por Benh Zeitlin, EUA, 2013. Existem filmes que por sua carga “humana-demasiadamente-humana” ou se preferirem: miserável-demasiadamente miserável pelo motivo da pobreza de uns vivendo de forma total e descabidamente desumana até para cachorros, é que fica difícil ver o filme e escrevê-lo no mesmo dia. Para este filme concorrente aos melhores desse ano no Oscar, que fora a surpresa das indicações, diga-se de passagem, justamente por abordar um tema que geralmente Hollywood faz biquinho, que é a falta de generosidade entre os seres humanos. Pois bem, todavia para filme de “gabarito” desconfortante como esse por tratar de forma tão visceral a degradação humana é necessário um tempo de maturamento para que então compreendamos um pouco melhor sem o calor da fita vista ou das hipotéticas formulações filosóficas que podem ser feitas e refeitas para melhor compreensão do filme. Tenho um forte indício e conseqüentemente um pensamento ou uma indagação que o fez a fita ser colocada na lista entre os melhores filmes do Oscar para cada dia a mais “aberta” aos interesses políticos e econômicos dos EUA. A fita abordada em questão e que fora feita com muito poucos dólares é produto oriundo da terra do tio sãm, ou seja, um filme para um Sunddance festival, que o principal festival alternativo de filmes dos EUA. Não enxergo outro motivo para que tal filme esteja na lista, deixando outros “anos-luz” melhores de fora dos selecionáveis de países como Irã ( esse por questões óbvias ) ou de outros filmaçõs sul-americanos. Porém do filme A adorável sonhadora salva-se somente sua protagonista mirim que também concorreu ao prêmio de melhor atriz e em minha opinião deveria ter levado e feito estória como a atriz mais nova a receber a reconhecida estatueta e mafiosa do Oscar. Não é que o filme seja ruim, aliás, esse ano a academia escolheu, senão filmes excepcionais, mas sim filmes “ assistiveis” ao completo contrário do que se sucedera em 2012 com só porcarias para conferir. Todavia a miséria e a falta de dias melhores fazem com que a fita seja “massacrivalmente” parada por abordar praticamente o filme todo uma menina que tinha a árdua tarefa de cuidar do seu pai a beira da morte por uma doença terminal e ainda por cima ser o “homem da casa”, esta feita de palafitas afundando-se literalmente a cada dia e chuvas que ocorressem em New Orleans depois do último e um dos mais fortes reais tornados que passastes por lá e a poucos anos atrás, relembremos de passagem. Com esse clima roteiral que não deixava sequer nem por um único segundo respirarmos para ver uma paisagem menos feia ou miserável a estória do filme se tornou excessivamente dramática, porém atual lá nos “States”, aqui no Brasil ou na África inteira.

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