Flores raras

Flores raras, dirigido por Bruno Barreto, Brasil, 2013. Chocante como a poesia tem o poder de transformar estórias medianas em estupendas. O filme conta o romance entre a poetisa. Elizabeth Bishop (Miranda Otto) e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, interpretada pela Glória Pires ( que em certas cenas vemos o Tony Ramos no lugar por ela fazer o “macho” do casal ). O bem feito drama-romance nos conta a estória desde a chegada da poetisa em solo brasileiro até a relação duradoura dessas duas mulheres que tinham temperamentos distintos. Enquanto a arquiteta era a pragmática e objetiva da estória, ajudando inclusive o governador da Guanabara da época ( Carlos Lacerda ) a fazer o que é hoje o parque do Flamengo, não deixando de fazer também uma menção a transição ou regressão no Brasil da democracia para o golpe militar na década de 1960. A outra parte, ou seja, a poetisa por sua vez era a parte fraca da relação, não querendo se apegar a nenhum compromisso profissional e enchendo a cara “pacas” para conseguir criar seus poemas, estes que lhe renderam o prêmio Pulthizer de literatura e estando na lista das 4 maiores poetisas e escritoras de todos os tempos, lhe dando prestigio e fama mundial, se é que essas coisas a interessavam. A fita é super indicada, pois é um daqueles filmes que se sai com a alma mais leve, e inclusive de bem com a vida tamanha são os exemplos de superação e sabedoria da poetisa. Desde a Febre do Rato do pernambucano Cláudio Assis não via um filme legal nacional, até que fim esse preencheu as expectativas mesmo sendo falado em inglês, ponto ao Bruno Barreto e ao cinema tupiniquim que dessa vez deu uma bola dentro.

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