O Concurso


O Concurso, dirigido pelo Pedro Vasconcelos e roteirizado pelo LG Tubaldini Jr, Brasil, 2013. Não achei um filme ruim, como sinceramente acho na maioria das vezes quando se trata de uma produção nacional do gênero comédia por falta de criatividade. É bem verdade que lacunas ou buracos enormes existem sobre questões de roteiro e a exploração excessiva regionalista dos seus personagens. A estória é a seguinte: quatro concurseiros dos quatro cantos do país são selecionados para a prova final ao posto de juiz federal. A prova final seria feita na cidade do Rio de Janeiro, e por esse motivo dos quatro candidatos, três ( Um cearense que tinha alergia a gatos e uma esposa embuchada; Um gaúcho gay enrustido que não queria de jeito nenhum que seu pai soubesse dessa “catástrofe” e um super CDF oriundo do interior de São Paulo ) chegaram alguns dias antes para estudar e saber o local das provas. Mencionei três dos selecionados e não quatro pela justa causa que o último era da terra e escreva-se por sinal: um arquetípico malandro carioca que conseguia as coisas no famoso jeitinho brasileiro, ou seja, “no toma lá e dá cá” ou na malandragem carioca, assim como preferirem, que ao meu modo de ver deixa a imagem do Brasil de um país corrupto onde com grana tudo é possível de comprar e isso incluindo nossa lei em plena época de copa do mundo e olimpíadas, mas enfim: de certa forma é assim mesmo que a “ banda toca e sempre tocou por aqui” desde a época ditatorial ou até bem antes dos militares tomarem o poder com outros governos anteriores. Na comédia depois de alguns porres e situações na “cidade maravilhosa”, os quatro candidatos percebem que realmente não existiria a mínima possibilidade de passar devido aos “cascudos” assuntos  da prova para juiz federal. Eis que surge a idéia do malandro carioca maconheiro sem vergonha que só queira saber de praia, sombra e água fresca, de comprar tal gabarito da prova do concurso através dos seus contatos ilícitos. Nessa busca pelo gabarito eles sobem, descem, tomam tiros ( que por milagre nunca pegam ) em morros pacificados e em morros não pacificados também com o objetivo de mudarem suas vidas, apesar de que no final das contas um somente ganharia a vaga para ser um juiz federal. Não posso deixar de comentar a primeira participação nos cinemas da apresentadora Sabrina Sato com toda sua saúde fazendo um papel de uma ninfomaníaca querendo a todo custo tirar o cabaço do candidato paulista e o mais nerd, mas como os opostos se atraem ( ao menos para o diretor em sua primeira aventura em um longa para sétima arte e para um primeiro filme não se saiu nada mal em comparação a outras comédias nacionais que tenho visto recentemente). O filme é uma comédia ainda com gafes e muitas por sinal, porém que cumpre seu papel que é somente entreter sem maiores ambições.

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