Potiche - a esposa troféu

Durante a década de 70 do século passado, a economia francesa passava-se por um crescimento de 33% das suas indústrias. O filme Potiche, a esposa troféu passa-se nessa época. A película conta a estória de uma indústria do ramo de guarda-chuvas que tem um carrasco como mandatário supremo e autoritário perante os seus colaboradores. Até que um dia cria-se um motim de seus “empregados-escravos” para seqüestrá-lo a fim de conseguir melhores condições trabalhistas para estes ditos cujos. Com a falta de direção na indústria, entra em cena a protagonista da estória, a esposa traída e maltratada (Catherine Deneuve) ,mas que já tinha em sua juventude traído muito também e feito a suas traquinagens: a própria esposa troféu, que antes só servia pra cuidar da casa e dos filhos, e agora se revela uma grande empresária resolvendo os problemas da empresa de seu marido e seus funcionários com bastante elegância e maestria. Não contente, e até de certo modo achando entediante, ela acaba desistindo dos negócios corporativos e se envereda na política contra um antigo affair da sua jovialidade: o atual prefeito (interpretado por Gérard Depardieu), e o derrota nas eleições com o seu carisma e com o slogan da mulher sair de casa e fazer parte dos negócios e da política. Filme instigante, pois de certa forma acaba “explicando” as futuras mulheres no poder: como a atual mandatária da Alemanha e mais atualmente a nova diretora do FMI, sem falar da nossa Dilma no Brasil, dentre outras. Uma comédia muito interessante de pulso politizado e inteligente mostrando as mudanças da França e do mundo de 1977 até os dias atuais. A busca da mulher pelo seu espaço, pela sua liberdade de expressão e direitos iguais perante aos homens, mostrando a reviravolta dos valores que o mundo teve desde então.

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