O homem que não dormia e o festival de cinema

Filme nacional surreal e bom ainda existe, acreditem: refiro-me ao O homem que não dormia, de Edgard Navarro, 2011, fechando o VII seminário internacional de cinema no teatro Castro Alves em Salvador.Com uma belíssima fotografia, rodado na Chapada Diamantina( Igatu, a Machu-Pichu baiana), Navarro consegue “ecoar”todos as suas angustias existenciais com maestria e magia desde o seu primeiro longa : O Superoutro, fechando assim um ciclo que demorou mais de duas décadas. O que vi desse desfecho foi a busca existencial alcançada, tornando assim a sua liberdade como plenitude suprema e agora, de uma vez por todas, o Superoutro esquizofrênico se “curou” e transcendeu, e sim: conseguiu o seu desejado vôo , como um super-homem. Como o diretor disse em discurso antes de rodar a sua criação: “Pra fazer este filme, tive que ler bastante Freud, Young e outros mais com muita maconha, claro”, fica sacramentada a era antes e pós Navarro do cinema baiano, onde quem ainda duvidava de seu talento e ousadia, agora perdeu essa. Uma película demasiada densa, de modo, que tenho como iniciante na sétima arte, aplaudir as ousadas peripécias desse magistral cineasta.
Comentando sobre o seminário, assisti a peliculas extraordinárias. Muita coisa boa digital sendo produzida na Espanha, curtas genias alemães, e alguns brasileiros com o brilho. Uma semana me lambuzando da sétima arte, com palestras que iam de política a artes todas as tardes, das quais já tenho saudades, agora sim, posso dizer: 2011 valeu a pena!

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