Casamento silencioso.

Casamento silencioso, de Horatiu Malaele 2008, foi sem dúvidas, o melhor dos filmes deste final de semana. Num cenário belíssimo na década de 50 na Romênia, vive-se em um vilarejo pessoas felizes, com o suficiente para sobreviver, nem mais nem menos, longe de qualquer esquema ou ilusão ao alguma filosofia política. Como sabemos naquele período o Stalinismo era o regime soviético, pois bem, no momento em que o vilarejo planejava e arrumava os preparativos para um belo e grande casamento, as forças armadas soviéticas, pois na época, tudo era União Soviética: Romênia, Eslovênia, Eslováquia, etc.. Informaram “daquele jeito” que o líder Stalin tinha falecido e um luto mundial internacional de sete dias proibia qualquer manifestação pública durante esse sete dias. Daí que começa o filme a ficar legal, pois não se anula o casamento, mas não pode fazer barulho em momento algum, de modo que as taças de vinho são colocadas guardanapos de panos entre as bordas, a banda tocava, mais não fazia barulho algum, as crianças foram almodaçadas para não fazerem qualquer tipo de barulho, enfim tudo para que ocorresse um casamento silencioso. Nunca ri tanto como em uma comédia Romena, porque humor antes de tudo tem de ser inteligente, senão não tem graça alguma, como por exemplo, esses American Pie da vida. Sem falar que existia um ar de mágico nesse vilarejo que fazia inveja de viver ali com aquela alegria e simplicidade onde só encontramos onde não há competição.

Bolívia mostra estórias de imigração sul-americanas em seus contextos e suas deslumbrações, conseqüências. Filme rodado em 2002, do qual não sei o diretor, Bolívia mostra a película de um boliviano que emigra para Bueno Aires deixando filhas e esposa em La Paz, onde a situação é desesperadora. Em Buenos Aires acha um mísero emprego em um bar como churrasqueiro e uma copeira paraguaia como garçonete. Filme todo rodado durante noventa minutos em preto e branco, o que, em minha opinião o tornou mais aconchegante. Parecia que estava na periferia de capital argentina, dentro daquele fedorento bar, com a amagabilidade do povo argentino e seu racismo. Não sabia que Bolívia, peruano eram “pretos” para o argentino. E os negros seriam o quê pra eles? ETs? Filme belíssimo e riquíssimo no sentido cultural e humano argentino.

Código de Conduta, de F. Gary Gray 2009, conta a estória de um cientista que já era doido, presenciar o assassinato de sua esposa e sua filhinha pequena. Na real, achei meio sem graça, meio sem roteiro.
Depois do assassinato, o cara espera dez anos para se vingar do assassino da sua família e de todo o sistema judiciário norte americano que de certo modo, na opinião dele, e também da minha, teve culpa em deixar um assassino somente três anos presos depois de dois homicídios e várias complicações por tráfico de drogas. A Partir daí ele começa a se questionar sobre a justiça dos homens e principalmente a armar estratégias para derrubar o sistema. Até que consegue, apesar de o roteiro não se encaixar, ele consegue comprar fabricas abandonadas ao redor do presídio que futuramente iria ficar preso, e a partir daí, vem a seqüencia de estratégias mirabolantes que o faz se matar e matar todos os principais integrantes do estado americano do sei lá o quê...

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