O desinformante.

No filme desinformante, de Steven Soderbergh 2009, vemos uma situação de bipolaridade incrivelmente fenomenal. O protoganista é o Matt Demon, e a película se passa toda em prol de seu personagem. Trata-se de um bioquímico que calgou espaço em multinacional no ramo de alimentos passando para a área de negócios. Com isso o bioquímico viaja pelo mundo atrás de contratos para a empresa e descobre e se vê envolvido em situação de cartel. Fica calado até certo tempo, mais depois o lado cientifico ou o lado bipolar resolve florescer em sua conturbada personalidade fazendo da película algo de um humor inteligente e instigante. No trailer está com o genero policial, mas pra mim é mais comédia inteligente mesmo, pois além de abordar os cartéis no ramo alimentício, aborda também mistura de alimentos irregulares (transgênicos) e coisas do gênero.

Welcome, ou para nós, Bem vindo, de Philippe Lioret 2009, lança o tema da dificuldade ou/e a desamunidade das relações das políticas imigratórias na Europa. O enredo se passa quando um jovem quer sair do Iraque não pela guerra, mas sim, por um grande amor que se encontra em Londres, e este garoto de dezesseis anos faz de tudo para ir pra lá. No meio do caminho ele é pego na França e lá tem um plano atípico: atravessar o canal da mancha a nado: uns dez a onze quilômetros a uma temperatura de 10 graus positivos. Ele vai a busca desse ideal e começa a pagar aulas de natação a um francês em crise conjugal com sua ex-mulher, da qual ainda sente falta e ela dele, mas a frieza e o comportamento francês não o deixam darem o braço a torcer pelo seu ajuntamento. O garoto é adotado pelo francês carente de mulher e filho, e este passa a treinar agora gratuitamente o menino iraquiano para atravessar o canal. Uma estória comovente, envolvente, e na bela língua francesa, nos mostra que muitas vezes temos que trincar nossos pés nos chão e ver que a vida é mais que um amor adolescente, a vida é dura quando viramos adultos, e temos que enxergar isso, senão será pior.

Por esses dias também fui ver com muita expectativa a erva do rato, um filme com Selton Melo que parecia ser bom, mas me frustrei de uma película tão monótona que nem mesmo a bela Alessandra Negrini nua salvou, pois os contos de Machado de Assis que era a essência da película, não tinham a concordância necessária cinematográfica que se pede para rodar um filme, de modo que ficou monótono os noventa minutos que duraram, ou eu não entendi os contos, pode ter acontecido isso, pois não li nenhum livro de Machado. O filme aqui na Bahia foi tão não visto que já saiu da cena e fico devendo o nome do diretor.

No aguardado pela maioria das pessoas 2012, de Roland Emmerich 2009, aguardado pela maioria vírgula, não por mim, fui porque não tinha nada pra fazer num sábado uma da tarde sem poder ir à praia devido a uma insolação. Já sabia o que ia encontrar: muita culhuda com um ligeiro efeito especial bem feito e um roteiro ruim. Num deu outra. No final da película, pra mim, o roteiro não se encaixou. Os protagonistas que eram meia dúzia se fosse realidade matariam todo o resto da espécie humana pra sobreviverem, para o filme fazer sentido, por isso achei malfeitão, e além do mais esse papo de o mundo acabar em 2012 era só o que faltava, se algum Maia existisse, pediria para abortar esse assunto inescrupuloso.

Já nos Bastardos inglórios 2009 tenho muito mais elogio que criticas. Falem mal o quanto quiser que o Tarantino seja um otário que seus filmes são sem conteúdo e tal, mas acho-o “o cara”. Sabe deixar o expectador sem respirar da poltrona e falar no final, esse valeu o meu dinheiro. E olha aqui, bem bom seria a estória do fim do nazismo pelas lentes do Tarantino, bem melhor seria...

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