O Ba-vi do Raudinei

Foi assim: Fonte do futebol lotada, espaço pra mais ninguém, mais de cem mil pessoas espremidas entres os concretos do estádio. O ano era 1993 se não me falhe a memória. Fomos Poloca, Eu(com uns dozes anos), Lucas ( com uns dez) e Lourenço, com uns sete no pescoço de Poloca. A quantidade esmagadora da torcida era do tricolor de aço. Estávamos na torcida mista, onde só se encontra na Bahia, ainda bem.
Depois de chuva, vento, fogos, barulhos ensurdecedores, sacos de mijo na cabeça e muita pressão, vimos o vitória ganhar do Bahia por 1x0 até aos quarenta e três do segundo tempo. Já estávamos nos arredores do estádio do lado de fora quando vimos “a explosão”. Pensamos: “acabou o jogo, o vitória é campeão baiano!!!”
Mais não era isso, quando percebemos, vimos Poloca gritando e dando risada com a aqueles dentes que lhe faltavam naquele momento. Aí a ficha caiu para os três guris rubro-negros: eu, Lucas e Lourenço; O Bahia empatou a partida e se sagrou campeão baiano de 93 no penúltimo minuto de jogo. Ouvimos o Poloca nos zuar o caminho todo sem podermos dar um pio, pois pior que perder para o Bahia era ouvir o torcedor do Bahia gozar literalmente na nossa cara. Essa partida pelo que conheço, foi a única em que se transformou em livro: O Bavi do Raudinei, que foi o cara que fez o gol, antológico!

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