A insônia tá batendo forte nesses dias. Tenho de tomar 1200 mg de trileptal e mais 2 g de rivotril para apagar por oito horas. Acordo na tarde seguinte bem com sono ainda, só disposto ou a assistir a um filme ou a continuar a dormir. Minha ansiedade está no ápice agora nesse sete de setembro. Com as praias cheias e os remédios na cabeça, fico sem condições até pra dar uma pedalada no calçadão, quem dirás pegar uma onda. Viver a vida depende das circunstâncias, vou ao cinema e provavelmente às dez da noite começarei a sessão dos remédios novamente, porque é a noite que as coisas pioram, que eu como mais e fico só, aí tenho de tomar. A estratégia que tinha de ficar acordado e esperar o dia amanhecer para pegar onda, hoje se encontra impossível pelo fato de não achar mais essa graça toda em fazer isso. Ler pra passar o tempo? Já esqueci, pois meu grau de falta de concentração e irritabilidade não permite tal exercício. Trabalho, qualquer um que seja só arrumarei depois de estabilizar essas coisas de saúde. Meu pai ta chegando a Salvador, não sei se isso tem alguma relação com o ápice da insônia que tenho agora, enfim são tantas perguntas e poucas respostas.
Livros do Joca
Como jornalista baiano, penso que conclui uma importante jornada do meu oficio, que fora ler duas biografias de duas personas de peso , biografadas pelo diretor de redação do extinto Jornal da Bahia, dos anos 1960 a 1970, em pleno regime de ditadura militar, o João Carlos Teixeira Gomes, o Joca. Achei em um sebo da Pituba a biografia de ACM, e esta após lida levou-me a Glauber, esse vulcão. A anti- biografia de Antônio Carlos fora resultado de batalhas árduas entre os dois: um livrão com quase setecentas paginas que mostra a personalidade agressiva de um ACM ainda menino, oriundo de uma gangue agressiva do bairro do Campo da pólvora, em Salvador, onde o político já demostrava seu lado agressivo e o tempo só fora a comprovar tal personalidade, esta oposta do Joca: um homem das letras por vocação que sempre tentava encontrar o dialogo contra a violência e tirania; trocando em miúdos: batiam de frente pelo Jornal da Bahia ser o único veículo a ser contra os desmandos e alucinações de pode
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