Na praia

Como sempre faço, fui à praia dar um chuap (mergulho), tomar um sol, etc. para ocupar-me da vida de vagabundo total, onde o sistema ainda não me descobriu!
Na praia tomei um banho e voltei pra areia a fim de acabar mais um romance literário em minha vida. Concentrei-me e esqueci do mundo por completo. Quando fui “reacordado” por mais um pedinte de praia:” Oh literário, tô desempregado, não tem uma moedinha aí não, me arranja uma?” Para minha surpresa (pois realmente nesses últimos tempos, não acho nada nem bom, muito menos ruim), me incomodei com o pedinte e o fato de ele ter-me me adjetivado de literário. Devo ter rangido a testa no momento do adjetivo, e ele logo voltou a conversar outra coisa, como: Isso aí é livro de direito, tá estudando direito?”. Vi que nesse momento seu ar de desequilíbrio chegou a um ponto bastante significativo, e logo lhe falei: ”não, não é direito não, tenho nada não, valeu”, pedindo indiretamente que fosse embora e me deixasse em paz com aquela cara de maluco que passou a ter, quando se referiu ao assunto direito.
Quando ele percebeu que não teria moedinha alguma, foi-se embora, e aí fiquei me perguntando: por que a chateação com o termo literário? Muitos adorariam serem chamados daquela maneira. Logo cheguei à conclusão que por se tratar de uma novidade (pois ninguém tinha me chamado assim), o termo literário veio como uma surpresa inesperada (desculpem a redundância) e não como um xingamento.
Não viu sentido no final desse texto né? Nem deveria... Pois nem eu, puro desabafo de quem acabou de ler o último romance do Paulo Coelho, bom pra caralho!

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