Natal

Dois dias na fazenda colina, desde natal.
Aqui durmo em um quarto de um trabalhador que está de férias. O quarto cheira mal, pois trabalhador “deixa” seu cheiro por natureza. Meu medo é em acostumar com esse cheiro e achar normal pra mim também. Aqui a casa tá cheia de gente idosa, de modo que todos os quartos ficaram ocupados, pensei em voltar a Sampa, mas sabe de uma : Foda-se! O que não mata, engorda, como diz o velho ditado. Hoje fiquei de passar um “cheirinho” no quarto , mas esqueci e agora tá uma fungada da fuzarca!
Não estranhei muito o fato de não passar o natal com minha mãe pela primeira vez, talvez ela um pouco mais pelo recado que deixou no celular, mas sem duvidas sinto falta dela e meus irmãos baianos. Porém estava com família também, com meu pai e os Guidons. O seu Gilberto é uma figura!
Família é bom porque você geralmente, e não drasticamente, sempre adiciona e não subtraí.
Ganhei um Laptop de Natal do meu velho pai. Isso me possibilitará escrever mais e mais, algumas coisas será blogada, outras não, pois não dá pra blogar tudo que se escreve.Este texto mesmo achei melhor não blogar, mais depois voltei atrás e o bloguei, embora seja de cunho mais pessoal, achei que tinha algumas passagens boas de aprendizado que podiam ser retransmitidas. Aqui na fazenda Colina, que é em Jarinú, cerca de 80 km de capital paulista a vida é leve, suave; por aqui acordo, tomo um bom café, depois pego a bike e dou um rolé por colinas belas com uma hora mais ou menos de malhação e curtição do visual, depois volto exausto de pedalada e desabo na piscina. Leio um pouco, confiro meus e-mails, almoço, volto pra piscina e para o estafante sol. Depois volto a andar de bike, observando agora o pôr de sol das redondezas de Jarinú, Itatiba e Jundiaí, por mais uma horita. Depois disso feito, volto a desabar na piscina e por lá fico até escurecer ou até que o frio me expulse. Na Colina são sempre extremos: Extremos de tempo ( muito quente de dia e frio à noite ) , e extremos de coisas comportamentais também. Se dar com ser humano, ou seja, com gente, é complicado. Tem uma música do Raul Seixas que diz : “ gente nasceu pra querer, quando se dá o dedo já quer a mão”.
Tudo isso que passo aqui e em São Paulo capital durante já quase dez meses, e o que passei pela França também, me faz crescer , me faz amadurecer, me faz sofrer às vezes, mas me faz mais forte no sentido de arrumar um rumo pra mim como uma profissão, relações de afeto, amor e amizade.Mas sabe de uma: A vida é assim mesmo; quem planeja muito ou vive de muita ambição, geralmente é muito solitário. E pra mim a grande vitória da vida é ter um sorriso no rosto, achar as belezas nas pequenas coisas por exemplo: Em um quadro sensível - engenhoso, numa música que toque sua alma, em amigos que te deixem legal , em mulheres apaixonantes, enfim, em modo de viver de maneira leve ( de encarar as coisas de forma leve ), sem, claro, ser necessariamente um Buda ou mesmo discípulo.
Uma garota de dezessete anos me achou interessante . Fico feliz por esse sentimento dela, pois há algum tempo não sentia de alguém isso ou conseguia perceber isso. Mas foi de modo tão veemente que não deu pra reparar. Não estou liberando ninguém não pela idade viu! Mas muita família no meio, que não deu pra criar minhas asinhas e botar o galo pra cantar.Mas estou adorando ser admirado e desejado principalmente por essa garota, ela viu algo em mim bom, é isso é bom saber que tenho, embora sei, mas é sempre bom alguém expor isso a você. Todo mundo gosta disso, mexe com ego, auto-estima, motivação, coragem, são avisos bons que são passados através das pessoas que vem e vão justamente pra passar estas mensagens, estes toques, acredito nisso.
Boa virada de ano-novo a todos que visitam meu blog, aos meus amigos; vocês são as minhas jóias mais preciosas. Tenham certeza que as suas boas vibrações mandadas a minha pessoa, são sentidas!( Lá elas!rs ).
Que em 2008 tenhamos a consciência de que mudar só depende de nós, seja na hora de escolher nossos representantes do executivo, seja o que façamos ou não para melhorar o que está próximo a nós mesmos, seja numa vibração positiva pras coisas derem certo, mesmo estando longe em distância, mas perto em torcida, ou mais ainda. Ou pura e simplesmente dizer foda-se a tudo isso, pois também é uma maneira de querer mudar, muitas vezes a única maneira ou válvula de escape para certas saídas indigestas que a vida nos faz decidir a isto, ou a pior decisão de todas, porque você fala foda-se a tudo, você próprio se auto-mutila, ou seja, se fode nessa técnica do “kamikaze”, e se explodi com as coisas ao seu redor.
Na virada do ano estarei na Ilha Bella, que é a ilha mais bonita do litoral paulistano, acompanhado de amigas e amigos, postarei esse passeio a posteriori, aguardem as emoções dessa viagem.

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