Jaguaribe

Escrever sobre Renan, Roriz de novo... Acho que não, já gastei todos os meus qualificados palavrões dos mais baixos calões ...
Prefiro escrever sobre os saudosos dias de surf em Salvador. Como era bom acordar quatro da matina, comer um reforçado cuzcuz com ovo e sair por volta de umas quatro e meia para praia de Jaguaribe ainda escuro. Dez minutos depois, já estava estacionando meu saudoso golzinho e tirando a pranchola do banco de carona. Me alongava na escuridão ouvindo o barulho do mar me chamando pra entrar rapidamente. Aí entrava de vez... O primeiro mergulho era sempre gelado, pois o sol ainda estava dormindo, mas assistir ele nascer dentro d’água era indescritível . Normalmente quando chegava já tinha gente dentro do mar (malucos se encontram em todo lugar e toda hora). Quando tínhamos muita sorte assistíamos à rota migratória das tartarugas passando por lá rumo ao litoral norte do estado.Também tinha o show dos pescadores de piatã em suas jangadas com suas redes, que as vezes atrapalhava nossa diversão. Chegava às quatro e meia na praia e só saia às oito quando os playba começavam a encher o mar. E também era bom chegar de madru, porque a formação das ondas era insuperavelmente melhor do que em comparação ao decorrer do dia, era lisinha..
Aqui em São Paulo fico nostálgico às vezes dessas lembranças. Quando ia pegar onda cedinho na época de salvador era como se tivesse trincado um escudo em mim para passar o resto do dia bem, zen.. Aqui procuro outras formas; a admiração pela leitura aumentou, aproveito a possibilidade de ter eventos culturais melhores. E assim se vai levando a vida aqui em Sampa. Sempre com a proposta de crescimento e luta para uma independência financeira .

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