Adoniran, Meu Nome é João Rubinato
Adoniran,
Meu Nome é João Rubinato, com distribuição da Pandora filmes e
com direção de Pedro Serrano, Brasil/2020.
Estreiando hoje pelo Canal Brasil, e logo quando inicia o filme , no primeiro take perguntam ao ilustre artista o que é a cidade de
São Paulo, e ele responde efusiva e genialmente: “ É o inferno que anda!”. Filho
de pai italiano, nascido em capital paulistana em 1910, Adoniran teve a antena
em captar a essência humana, e por tal motivo o achavam cômico, conseguindo
fazer quatro novelas e inúmeros programas de rádio como humorista, mas na
verdade narrava à tragédia, esta que sempre teve, e tem, uma linha tênue com a
comédia. Quando me refiro à tragédia, não é aquela grega antiga, mas a nossa do
dia-a-dia: a da tristeza. Já no final do final do excelente documentário
perguntam a Adoniran quem é o Adoniran Barbosa; e ele responde com a velocidade
habitual: “ sou uma pessoa triste, alias sempre ,desde garotinho, era triste e as
experiências da vida me fizeram colocar no papel tudo aquilo que vi e vivi, mas
sempre fui triste”. “Está escancarado nas letras das canções que fez” comigo
mesmo”, como Saudosa Maloca, Trem das Onze, Iracema, Samba do Arnesto, Despejo
na Favela, Tiro ao Alvaro etc. que Adoniram cantava o que o seu coração sentia ,e nós,
agradecemos ao maior sambista paulista de todos os tempos, porque afinal: o
simples é complexo.
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