Elle

Elle, do virtuoso Paul Verhoeven, França, 2016. Acho o ser humano do caralho por sua imprevisibilidade, isto é, em sua maneira que se comporta diante de situações em que ele mesmo cria ou por terceiros. Somos capazes de tudo, para o bem e para o mau em igual capacidade, por isso que somos interessantes, novamente para os dois lados, isto é, para ruim ou para bom. O filme ganhou o César, que trata-se do Oscar francês, e concorre ao prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar em pleno carnaval ( pra quem não gosta será um ótimo programa) , sendo um dos favoritos juntamente com o iraniano O Apartamento, onde o diretor e equipe não poderá ir ao prêmio por sua nacionalidade: coisa absurda, coisa de Trump. Mas Elle ( que é Ela em francês) começa com uma cena de tirar o fôlego onde a protagonista, que concorre a estatueta de melhor atriz para Isabelle Ruppert que de longe é a melhor das indicadas, mas por bairrismo estadunidense dificilmente levará. Pois bem, esta mulher rica, dona de uma empresa de jogos de vídeo game, é estuprada por alguém com uma mascara. Alias por alguém não, mas por um homem, já que é penetrada e sangrada e isso sem falar da tapa na cara que toma antes do ato não consentido. O filme começa com a cena e então pensamos agora é falar o que aconteceu e chamar a polícia, mas isso não acontece. O filme continua e o atacador ataca-a novamente com uma tapa de  costume antes do ato não concedido. Aí pensamos, porra será que foi um ato não concedido mesmo, porque se o fosse não concedido ela teria feito algo, mas esperou que ele atacasse-a novamente. E isto acontece diversas vezes até que sacamos que ela entra no jogo do cara e quer descobrir quem ele é. Ela desconfia do ex-marido, de alguns funcionários seus, mas não consegue o veredito de achar quem é o fulano que te trás prazer e raiva e isso não nessa ordem por necessário. Fato é que o filme é honestamente o melhor que vi esse ano e ano passado e não a toa a ABRACINE- associação brasileira de críticos de cinema, o elegeu como o melhor de 2016. Acho muito difícil que o filme não ganhe como melhor estrangeiro assim como acho mais difícil ainda a Isabelle Ruppert levar a estatueta de melhor atriz no Oscar 2017, e corre que ainda está em cartaz.

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