Vai e Vem



Vai e Vem, de João César Monteiro, Portugal, 2003. Acabo minha cobertura do 10 CineBh International Film Festival com este filme português do excêntrico diretor ao qual tive o privilégio de conhecer nessa semana adorável em Belo Horizonte. Não tenho vergonha de escrever que não o conhecia porque seus filmes são experimentais e por isso se não for um festival internacional de cinema, jamais encontrará em salas de cinema comercial. Se teve uma coisa que me chamou atenção de imediato em suas obras estas  são os planos fixos que o diretor faz: para terem uma ideia a última cena do filme de hoje é a de um olho azul cobrindo a tela inteira há uns dez minutos, ao menos. Ou outra de uma moça cortando as unhas: mais dez minutos estáticos pelo menos. As narrativas são sempre de cunho erótico e inteligente: que nos fazem pensar não somente no coito, mas em tudo: tudo mesmo! Este filme, por exemplo, teve três horas de duração e nem assim se demasiou de tempo, mas vamos a uma breve sinopse critica. Pois bem, novamente o diretor é o protagonista da trama: um homem solitário que pega o mesmo ônibus todo santo dia. Por sua solidão coloca  um anúncio na porta a contratar uma assistente ou em outras palavras : uma empregada do lar ou doméstica. Uma moça chega, depois mais outra e ora que encontremos a personagem auxiliar da comédia existencialista. Com ela o protagonista divaga de tudo e mais um pouco, porem acaba por ter o cú parido ou enrabado por um enorme caralho que a assistente lhe metera, sendo que este ( filho da puta) é levado ao Hospital já em processo avançado de coma. Lá lhe é feita uma cirurgia para tirar o caralho de plástico do rabo, este tendo que ficar de quarentena internado após a cirurgia perigosa. Enfim um diretoraço que não tem medo de ousar em suas obras, tanto nos aspectos dos enquadramentos de câmeras como os de movimento também, ora por vezes a câmera se balança assim como um navio em alto mar.
Agora falando um pouco de Minas Gerais, e não falo da arquitetura, pois nesse aspecto o Rio ganha, mas sobre o modo de ser o  mineiro é o povo mais parecido com o português: aqui vê-se Portugal nas ruas do centro, no caminhar e no modo de falar do mineiro, enfim aqui é português pra caralho e até ano que vem BH!

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