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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Birdman

Birdman , dirigido e co-roteirizado pelo mexicano Alejandro González Iñárritu , EUA, 2015; O filme lembra muito outro vencedor de Oscar alguns anos atrás: Cisne negro. Com certeza foi o mais norte-americano que vi este ano dos concorrentes ao Oscar (ainda não vi o Selma, ao qual me parece o mais interessante). A obra tem diálogos rápidos e nos mostra um ator em plena decaída, após não querer fazer o Birdman 3, uma espécie de Homem-Aranha misturado com o Batman. O ator quer fugir do estereótipo personagem de blockbooster e ser reconhecido por seu talento, e para isso recorre ao teatro. Entretanto sua cabeça já anda virada devido ao sucesso e cobranças para que ele continue a fazer filmes xulos, mas que vendem um bocado e a humanidade, principalmente a norte-americana, aguardam a continuação da franquia para se entupir de pipoca na sessão e esquecerem suas vidinhas monótonas e verem no personagem Birdman uma fuga para se transformarem em super-heróis e assim salvarem por duas horas suas

O Crítico

O Crítico , com direção e roteiro de Hernán Guerschuny , e no elenco como o esforçado protagonista Rafael Spregelburd , Argentina, 2014. Quando um fiapo de insight surge tento aproveitá-lo da melhor forma, pois regando tal fiapo posso vir a ter uma ideia concreta e bacana. O fiapo da ideia em questão é na verdade uma pergunta que a segue: Porque raios um diretor de cinema quis fazer um filme sobre geralmente os seus algozes: os críticos de cinema ? Neste filme especificamente temos um diretor que é também editor chefe de uma revista argentina especializada em críticas cinematográficas. Outra pergunta que fica no ar seria o porquê de tal motivo deste meio diretor e meio editor de revista especializada da mesma mídia audiovisual insistir em querer produzir um filme justamente sobre os críticos de cinema, já que o diretor do filme em questão é também um critico de cinema? Ou seja, só quis enfatizar a mesma pergunta..hehe. Entretanto, brincadeiras perceptivas de lado, mas no decorrer do fi

FOXCATCHER

FOXCATCHER , de Bennett Miller, EUA, 2015. Aos acréscimos do segundo tempo foi excluído do pareô para concorrer ao Oscar deste ano, e de certa maneira, podemos escrever que ainda bem que academia teve este momento de lucidez, pois tal obra fílmica não é mesmo nada de mais. Não que as outras obras indicadas sejam alguma no quesito filmes com F maiúsculo da palavra, mas ao menos nos livramos ao menos deste. Escrevendo desta forma poderá se ter uma impressão que o filme é péssimo, o que não é de toda verdade. Acho que o grande problema do Oscar, e isso já perdura há algumas décadas até, é que sempre existe um ar político na escolha dos filmes, de modo que tais indicações nem sempre ou sempre mesmo não escolha os melhores filmes de fato, e sejam estes estrangeiros, curtas, longas e os próprios de língua inglesa. Escrito isto e relembrando que não achei o filme ruim, apenas só gostei da academia em não selecioná-lo à premiação industrial estadunidense em fevereiro, farei um breve resumo da

Busca implacável 3

Busca implacável 3 , de Olivier Megaton, França( falado em inglês), 2015. Hoje temos um típico roteiro que consegue derrubar atores. Para conseguir emplacar o número três da franquia, esta quebra a perna do ator coadjuvante da ação. Há quem me refiro é o atorzaço Forest Withaker ( O último rei da Escócia ), que faz o papel de um delegado pseudo inteligente, entretanto tal policial só fica no ser aspirante a esperto ou pseudo mesmo, sendo que toda hora era enganado pelo protagonista da franquia , Liam Neeson . O enredo se resume basicamente única frase, esta: O ex- agente aposentado é a principal suspeita da morte da sua ex-mulher, e para provar sua inocência tem de descobrir quem a matou e por qual motivo. Fora isso só temos cenas e mais cenas culhudeiras; Uma mais que outra ao ponto de um carro conseguir parar um avião preste a decolar, esta que fora a mais espetacular e final. E o problema não para por aí, pois existe um sério risco de termos mais um filme da franquia haja vista que

Se eu ficar

Se eu ficar, de R.J. Cutler, 2014, EUA ( Obvio ). Quando achamos que não seríamos mais surpreendidos por filmes da qualidade dos “além ruins”, eis que surge hum e nos mostra que jamais devemos nos iludir na questão da criação dos cineastas; Pois estes sempre conseguem criar verdadeiras bombas, só podendo assim classificá-los como péssimos. Perdi minha tarde hoje, e escrevo para você não perder a sua também, vendo um pirata a “três real” dessa merda. O filme não liga nada com nada e não vai a lugar nenhum. A história é de uma garota que toca violoncelo e começa a namorar um roqueiro. Até aí, vá lá; Entretanto quando o diretor ou roteirista consegue a proeza de colocar a protagonista vendo seu próprio acidente automobilístico fatal junto com sua família, e de certa forma, tentando falar com eles seja lá hospital ou no próprio local do acidente, aí que as coisas começam a ficar bizarras, pois após o acontecimento nada acontece no filme! A menina fica correndo de corredor e corredor do ho

Leviatã

Leviatã , dirigido por Andrey Zvyagintsev, Rússia, 2014. É importante respeitar culturas as quais não temos muito acesso para não corrermos o risco de taxarmos certas obras artísticas como ruins ou boas por pura ignorância. Não é menos importante também compreender que certas obras artísticas têm papéis mais nobres que entreter, mas sim de mostrar como determinada nação anda atualmente para o mundo. Esse é o caso de Leviatã; Vencedor do Globo de Ouro e forte concorrente a ganhar como melhor filme estrangeiro o Oscar, embora particularmente prefira o ótimo e engraçado filme argentino Relatos Selvagens. Entretanto voltando ao longa russo que usa e abusa , e ainda bem, do mar Báltico e de paisagens pra lá de surreais de belas do país continental russo, vemos nitidamente como a corrupção não é somente um laço nosso. O filme mostra a política fazendo “das suas” para mostrar uma Rússia atual cheia de dilemas de moralidade e vodka, óbvio. Aliás muita vodka o filme todo praticamente. É bom res

O Melhor de Mim

O Melhor de Mim , de Michael Hoffman, EUA, 2014. Ver um filme é momento. Existem aqueles que te pegam quando você quer adrenalina, em outros queres uns mais cabeças, outros que problematizam tópicos ou problemas atuais da sociedade. O de hoje entra no gênero do romântico, ou para os mais taxativos: “Os mela-cuecas”. Todavia todos os gêneros têm seus momentos de assistir, pois envolve o que você necessita naquela hora; Por isso não desprezo nenhum gênero fílmico, embora ache um gênero melhor que outro, porém todos tem sua função psíquica e comportamental na sociedade para com seus indivíduos. Por ter acordado hoje um pouco mais sensível um filme romântico caiu como se fosse uma luva em minhas mãos já quentes. O filme O melhor de Mim é baseado no Best-seller homônimo do escritor Nicholas Sparks, o mesmo autor de Diário de uma paixão. A obra fílmica conta a história de vida de duas pessoas. Nesta história, que poderia ser minha ou sua, temos como personagens centrais um garoto e uma garot

Na carne e na alma

Na carne e na alma , de Alberto Salva, com Karan Machado e Raquel Maia, Brasil, 2014. Não é minha pretensão plagiar Jorge amado, porém o filme a ser criticado hoje é repleto de erotismo e sensualidade. Trata-se de uma típica história de amor, paixão profunda. Aquela capaz de nos levar até as ultimas consequências para ficar com a pessoa amada, e o sexo nestes casos, têm um papel fundamental para prender o cabra ou a cabra. Tudo se inicia na faculdade de economia, onde um comedor traçava todas suas colegas. Morador de Niterói, este cara tinha que atravessar a baia da Guanabara todos os dias para ir a uma faculdade de riquinhos, onde ele não conseguia se enxergar naquele local e por isso não estava nem aí para aquele curso ao qual seu pai pagava. Só ia para comer as mocinhas, levando-as ao seu abatedouro em Niterói após fazer suas cabeças com a bela vista do mar. Eis que um dia o comedor fica desorientado com a aparição de uma nova aluna do curso de economia. Branca como a neve e sensual

Bekas – Para o alto e avante

Bekas – Para o alto e avante , dirigido por Karzan Kader, com Com Sarwar Fazil, Zamand Taha e Suliman Karim Mohamad, Iraque, 2012. O filme é lindo justamente por sua pureza. Trata-se sem dúvidas de uma obra poética e talvez por este motivo não tenha sido tão bem recebida pela critica e consequentemente pelo público. A tarefa do critico de cinema é ser uma conexão entre quem faz o filme e seu publico, todavia parece que os críticos esquecem-se do detalhe e ficam naquela de só escrever bem de determinado tipo de filme que ele gosta, deixando de lado a sua função que é a de informar as características fílmicas da obra, e não taxá-la como ruim ou boa. Neste filme iraquiano a critica caiu de pau no filme por ter diálogos bobos demais entre os protagonistas, entretanto a critica esquece que o Iraque não é um pais com tradição na sétima arte e por isso mesmo tais críticos deveriam se ater a isso, ou seja, a ter a consciência do que é fazer um filme no Iraque. Claro que a obra não pode ser per

Para Sempre Alice

Para Sempre Alice , com direção de Richard Glatzer e Wash Westmoreland, EUA, 2015, e com estreia prevista em solo tupiniquim somente no dia 26 de fevereiro, ou seja, um dia antes da premiação do Oscar. Aos que tem estômagos mais suscetíveis em não conseguir aguentar situações atípicas desfavoráveis às condições humanas; Já os aviso de antemão que o filme a ser discutido de hoje não é nenhuma comédia mela cueca ou blockbooster besta que já estamos carecas de tanto ver seus trailers e consequentemente fugir deles, assim como o satanás foge da cruz. Pois bem, escrito tais preliminares o filme em questão tem de fato até um título que sugere ser mais uma obra estadunidense fraca, ruim e com aqueles ideais daquele povo que não tem a capacidade de enxergar mais do que seu próprio umbigo. Em sua grande maioria se alguém perguntar a algum norte-americano qual é a nossa capital federal, quase todos certamente responderiam que é Buenos Aires. Piadas a parte sobre a ignorância do povo do Tio Sam,

A procura

A procura , de Atom Egoyan, Canadá, 2014. O filme bem que poderia ter outro título. Encaixaria muito bem como título: A traição ao invés de A procura, porque é exatamente este o sentimento que temos quando os créditos finais aparecem na tela. E o mais assombroso é que o filme concorreu a Palma de Ouro de Cannes em 2014. Cá entre nós: a sessão da tarde passa filme bem mais legal que este. Justamente por esta credencial de Cannes o aluguei e entrei numa cilada. Sabe aqueles filmes que não te surpreendem em momento algum, que sabemos o que vai acontecer sempre? Pois bem, este é o tipo do filme que começaremos a tratar, se é que tem tratamento. Falta a obra o tom da curiosidade que um filme nos faz ser atraído por ele, de uma história que nos permita linkar com nossas realidades ou contrariamente nos deixar fora das nossas realidades imperfeitas e nos tornamos seres plenamente completos durante aquelas duas horas dedicadas à obra fílmica escolhida. Todavia nada deste sentimento mágico e es

James Brown

James Brown, dirigido por Tate Taylor, com Chadwick Boseman, Nelsan Ellis, Viola Davis, EUA, 2015. A cinebiografia, com estreia prevista para o Brasil somente em cinco de fevereiro, conta a história estadunidense não no formato que estamos acostumados a ver, ou seja, o seu lado político, econômico ou até racista. O êxito da obra produzida por Mick Jagger dos Rolling Stones está em nos contar a história do século XX da uma maneira peculiar, de uma forma musical e artística: De um jeito James Brown de ser. Apesar de o filme ser muito bom, acho que não fica no páreo para ganhar o Oscar, pois em muitas cenas de um filme de quase duas horas e meia, sobram buracos, inclusive em seu roteiro por a obra fílmica insistir em flashes backs de quando o James era criança para linkar, e de certa maneira demonstrar o porquê da personalidade daquele adulto cheio de certezas de que era um Deus, e de fato se ouvimos rap, soul, blues, jazz e rock hoje; Certeza é que todos eles tiveram e ainda tem influenc

Tim Maia

Estava matutando com meus botões a fim de qual filme escrever para a segunda semana de janeiro em minha coluna semanal de cinema. Pensei em alguns, já que tenho visto muitos ultimamente para fugir do verão nordestino e suas praias e shoppings sempre entupidos. Mas após rever a readaptação da rede globo de televisão sobre um dos melhores filmes nacionais de 2014, não pude evitar em pensar mais em Tim Maia do que qualquer outro visto. Tim Maia , dirigido por Mauro Lima, Brasil, 2014. O filme é baseado na cinebiografia escrita pelo amigo Nelson Motta, porém a cinebiografia é cortada em duas para se transformar em um tipo de minissérie de dois dias ( quinta e sexta ) e surpreendentemente fica melhor que o filme original, apesar do corte de um dia para outro. Na minissérie ou documentário feita pela Globo , esta teve uma maneira ajuda ou auxilio de outros compositores e cantores que estavam no filme mas não tinham dado sua impressão acerca do amigo porra louca Tim Maia. Erasmo e Roberto Car