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Mostrando postagens de julho, 2012

Buena Vista Delivery

Buena Vista Delivery é uma fita argentina tragicômica do diretor Leonardo Di Cesare , 2004 , onde se mostra a folga do seu povo afim de defender produtos daquele país. O produto referido é o famoso Churros, porém o tal do churrito só entra na estória porquausa de um falido industriário desse segmento gastronômico que não desiste em reativar a sua indústria e a produção de um alimento originalmente nacional e valorizado por suas íris. Com esse pretexto da valorização do churro entra em cena a folga do povo argentino, onde sempre na cabecinha deles, são os donos da razões e verdades absolutas. Pois bem, e para “pagar” as razões existenciais dos antigos portenhos, óbvio que tem sempre alguém para ser “cristo crucificado”. Neste caso o otário da vez foi um operário pobre que tinha um pequeno apartamento herdado pelo seu pai que teve o azar em se apaixonar por uma frentista, da qual era a filha do pai   ex-industriário e totalmente sem noção para recolocar os seus amados e nacionais ch

On the road

On the road é um belo filme feito pelo sempre excelente Walter Salles. Mostra a criação da geracao Beat, na qual o movimento hippie bebeu muito dessa fonte nos anos 60 e 70 do século passado. Da geração Beat ou beatinique, que teve como referência os livros do Proust no final dos anos 40, entre 47 a 1951, mais especificamente. A estória conta situações e aventuras de alguns personagens dando mais ênfase a um aspirante a escritor que morava  ainda com a sua mãe, um poeta estupendo porra louca e uma ninfomaníaca. Mas do que letras, a fita mexe em sentimentos, de modo que é difícil colocar em linhas a riqueza do material visto. A obra mexe com tudo que gostamos: liberdade, amizade, amor sem pudor nem rancor e principalmente aborda a ideia da posse em um relacionamento. Uma coisa que tive a percepção na fita foi à grandeza de ser um poeta. Esses seres são evoluídos ao ponto de se sentirem desconfortáveis aqui em nosso plano, parece que o espírito de evolução deles está à frente, por is

O homem ao lado

O homem ao lado , dirigido por Gastón Duprat , Mariano Cohn , Argentina,2009. Viver em comunidade nunca foi fácil, ainda mais quando temos a infelicidade de termos vizinhos insuportáveis. Esse é o caso ou quadro principal dessa bem feita fita de baixo orçamento argentina dando “banho” em nossas superproduções nacionais pelo único e simples motivo: as ideias, a genialidade dos seus roteiros; e disso não precisa-se de muito capital, somente de intelecto. A estória se perpassa entre a “marra” de um vizinho de meia idade e totalmente troglodita em construir uma janela para que seu apartamento  ventile mais e pegue um pouco de luz solar. O problema é que essa tal janela teria de ser construída tipo como um camarote para a casa do vizinho ao lado.No inicio do filme pensei comigo: só isso, uma briga entre vizinhos porquausa de uma construção de uma mísera janela, essa estória me cativará mesmo, acreditei que não. Porém fui dando um crédito e vendo mais dez minutinhos da fita e a minha cabeça

Mamute

·          Mamute ,dirigido pela dupla Gustave Kervern , Benoît Delépine ,  França, 2010, é um filme com um baita protagonista (   Gérard Depardieu ) que mostra a degradação humana de uma maneira pouca vista em sétima arte tamanha a carga dramática da fita mostrando um não convencional homem juntando papeis para que possa ter direito a se aposentar. Para contrapor a exigente burocracia que é necessária para a aposentadoria em solo gaulês temos um personagem central total e genialmente desprovido de valores morais, onde lucidez, liberdade e a incapacidade de seguir regras ou leis pré-estabelecidas andam lado a lado durante todo o filme, o que o torna apaixonante. Estamos resenhando um filme de difícil compreensão por sua abstração de ideias, onde o que interessava no fim das contas não era o direito ao dinheiro da aposentadoria em si, mas uma libertação de lembranças passadas vividas por seu brilhante protagonista (quase um monólogo), que era um ser acometido de surtos e imagens de u

Para Roma, com amor

Para Roma, com amor . Itália/ Espanha/ Estados Unidos, 2012, de Woody Allen. Me atrevo a escrever e sei que muitos discordarão, mas considero esse último filme melhor que o seu prestigiado penúltimo: Meia-noite em Paris e pior do o seu antepenúltimo Vick, Cristina  e Barcelona. Corre boatos que a próxima cidade contemplada pelo diretor seria o Rio de Janeiro. Agora então cabe a nós esperarmos que estória venha para o Rio, porém já pudemos prospectar possibilidades. Que terá personagens interessantes isso não tenho dúvidas por se tratar de Woody Allen, mas como ele irá apresentar eles é que fica minha dúvida: Como favelados ou bandidos boas praças, trabalhadores sonhadores ou riquinhos da zona sul dando uma de “Papa”, querendo ajudar os favelados? Sem dúvidas e como é sua marca registrada a ironia estará presente nesse novo filme no Rio em prol da divulgação das olimpíadas de 2016, assim como foi em todos os seus filmes. A pergunta é se a ironia destilada ao filme do Rio de fato seria d

Maria, Ihm schmeckt’s Nicht !

Maria, Ihm schmeckt’s Nicht ! , dirigido por Neele Leana Vollmar , USA/2009. Comédia alemã, este resenhista cinematográfico nunca tinha visto. Vários outros gêneros de filmes já vi e recomendo: o cinema alemão é muito bom, principalmente pós-segunda guerra por serem quase sempre fitas densas e cargamente dramáticas, mas humorísticas de fato eles ainda tem que se desenvolver ao ponto de que achamos de que não estamos vendo uma comédia, mas qualquer outro gênero mais comum ao cinema do país bávaro. A fita aborda questões culturais entre dois povos ou duas famílias: Alemã e italiana, o que somente por isso, a fita se torna mais caótica nas relações entre esses dois povos do que de fato engraçadas. Mas como a fita designou-se como comédia tentaremos a classificar desse modo por mais estranhamente que seja. Porém vamos à estória que é a seguinte: Um alemão pede em casamento uma alemã (não necessariamente nessa ordem) que tem um pai italiano que em sua juventude foi buscar trabalho na Alem

Flores do oriente

·          Flores do oriente, do diretor chinês Zhang Yimou , 2012, China. Quando o bicho homem quer ser cruel, ele sabe ser de fato. Isso é mostrado com muita elegância nesse filme, se é que é possível mostrar isso com elegância. A estória gira em torno antes do inicio da segunda guerra em território chinês em uma batalha entre o país citado e o Japão, em 1937 mais especificamente. A principal virtude do filme é sem dúvidas a caracterização de enredo, mostrando a China daquela época e os seus habitantes. Como roteiro, temos uma boa estória verídica a ser contada quando dezenas de prostitutas a fim de fugiram da guerra se abrigam na igreja da cidade. Igreja esta que já era habitada por 13 adoráveis ninfetas pré-freiras e inicialmente localizadas no único lugar seguro da cidade. Mas como guerra é guerra e a carne é fraca e por vezes malvada, o interior da igreja no meio das confusões em se viver putas e freiras em um mesmo recinto, agora é amedrontada pelos soldados japoneses com muita

Feliz que minha mãe esteja viva

Feliz que minha mãe esteja viva (Je suis heureux que ma mère soit vivante, 2009, dirigido por Claude Miller, Nathan Miller, e atuado por Vincent Rottiers, Sophie Cattani, Christine Citti ). A visceralidade da fita francesa é de uma felicidade digna de palmas. É o tipo do filme em que sente com alguma coisa entalada na garganta, engasgado mesmo tamanho o brilhantismo da fita. O drama familiar cativa do inicio ao fim mostrando no inicio a faceta pior do ser humano: o desprezo e a covardia, e ao final mostra o ser humano como uma coisa bela, digna de se acreditar com o poder de perdoar até. A fita gira em torno do tema da Adoção, quando um casal de bebes do sexo masculino é adotado por um casal que não pode ter filhos. Um filme muito interessante e intenso por mais que possa parecer calmo, a fita tem aquele “ar” de revolta, de não entendimento por parte do filho mais velho de primeiro autoperguntar-se o porquê de ter nascido e a posteriori “cobrar” esta insustentável mesma pergunta a s