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Mostrando postagens de abril, 2012

Laranja Mecânica

  Laranja Mecânica , da referência Stanley Kubrick, Reino Unido, EUA, 1971. Essa é mais uma obra-prima do cinema que serviu como embrião para vários outros filmes rodados a posteriori, porém sem o seu brilho, obviamente. Uma das melhores obras produzidas pela sétima arte em todos os tempos e por isso eu e quem gosta e entende (não precisa ser muito para dar valor a esse filme) os classificamos e colocamos no seleto grupo de filme chamados de Clássicos. É de uma grandeza e visceralidade que a primeira vez que vi, confesso que tive dificuldades em dormir tamanha a sensação que tive com o filme mostrando um delinquente e assassino sendo pego pela lei, nossa policia, e como era um caso irrecuperável a “lei” resolve pegar o cabra para estudar a mente de pessoas como esse delinquente. O método que usaram para curá-lo foi mais delinquente do que o próprio delinquente “pau-que nasce torto nunca se endireita”, transformando o cara em um esquizofrênico diante suas atitudes passadas, pior e mais

Jesus Cristo SuperStar

Jesus Cristo SuperStar, do diretor Norman Jewison , 1973, EUA; É um belo de um musical antigo e observado na visão de Judas Escariotes, onde o vilão é Jesus Cristo. Mas porque Jesus teria tamanha desfaçatez para jogar Judas contra a humanidade e sair como o pobrezinho? A resposta tá no título do filme ora bolas; Para ser o maior Pop Star de todos em todos os tempos, ever. Com um musical feito na década de setenta é de espantar tamanha produção para a obra, realmente sensacional e interessantíssimo, pois podemos não mudar nossas convicções cristãs, até mesmo pelo fato de que o filme não tem esse objetivo, mas de uma maneira lúdica brincar com coisas que engolimos guela abaixo desde nossa infância, que é o caso do Jesus ser o sacrificado porquausa de nós, pra nos dar o direito as nossas vidas e quem for contrário a ele, seriam os Judas, os traidores, os diabinhos desgraçados e ordinários.  E o filme se propõe não a mudar ideologia nenhuma, mais colocar em tema exatamente quem era verdad

Anticristo

Quando um diretor diz que fez o melhor filme de sua vida devido a uma longa e extenuante depressão antes da película, é que o filme tem algo a dizer, que o filme vale. Não vou me limitar a dar informações sobre quem é o diretor, ator, ano, pais e tal, quem tiver interessado em saber desses detalhes técnicos que vá encontrá-los, pois pra mim o que vale, é o que o a película provoca nas pessoas, o sentimento a que nos remete. Só falarei o nome do filme que é o: Anticristo . Uma estória de um casal: um psicanalista e uma escritora, no qual a mulher presencia a morte do filho bebê deles. Dali pra frente, o tal Psicanalista tenta, através de seus métodos “curar” sua esposa do trauma em uma floresta distante, bem bonita por sinal. Mais os métodos de cura do médico não dão muito certo, de modo que a película toma ações e situações bem legais a partir do fracasso do médico. Porque Anticristo? Talvez pelo motivo da mulher dizer não a “criação divina” depois de ver a morte do filho, bem inter

Sete dias com Marilyn

Sete dias com Marilyn , do diretor Simon Curtis, 2011, Inglaterra, EUA; É antes de tudo uma cinegrafia singela de uma pop star que tem dores e angústias como qualquer ser comum, porém essa pessoa não é uma qualquer, é somente um dos sex simbol mais aclamados de todos os tempos. Pessoas como Marilyn, protagonizada pela Michelle Williams, nascem diferente dos outros, trazendo-os alegrias, fantasias; enfim escrever que a Marilyn é uma pessoa comum é no mínimo um atentado ao pudor pelo simples fato de não ser igual aos outros, mas sim uma mulher super poderosa, uma quase mulher maravilha onde tem o dom e a capacidade da “ludibridiação” e o brilho que seleto grupo de humanos tem para seduzir e transformar a vida das pessoas menos “maresóficas” e mais interessantes. Tudo isso: esse glamour e poder em forma de mulher fatal tem seu preço e infelizmente mais pra ela do que pra qualquer outra pessoa ou outro comum. Com a sua deformidade de nascença, que é ser linda e sedutora até para extraterre

Os Vingadores

Os Vingadores , EUA, 2012 . Nunca fui do tipo nerd em minha infância. Sempre preferi jogar bola, correr, nadar, pegar onda, e aí quando me pego com esses super heróis, alguns até mais recentes, como o Homem de Ferro ( que é o mais idiota de todos) do filme só tenho uma coisa a escrever: Esse filme é uma bela merda. O bela fica por conta dos efeitos especiais e o fato do roteiro dar valor ao oceano, onde se encontra uma energia ilimitada para a sustentação do planeta. Com essa coisa tão valiosa achada pelo idiotíssimo Homem de Ferro um semideus veadinho e meio irmãozinho do Thor, que é outro gayzinho, toca o terror nos vingadores veadinhos para ficar com a tal fonte de energia inesgotável e que salvará o planeta terra. Mais do que pelo poder, esse meio irmão do Thor super gay, quer essa coisa por vingança para com seu irmão, ou seja, por mais viadagem ainda. O time dos Vingadores veados completava-se com um Hulk, que era um médico e um gay enrustido que quando ficava bravo ficava veado

Late Bloomers - O Amor Não Tem Fim

·        Late Bloomers - O Amor Não Tem Fim , da   Julie Gavras , França, 2010. Achei e sse filme uma aula para envelhecer com dignidade e com sofrimento, mas acima de tudo de pés e cabeças erguidas ganhando dos egos que nunca querem envelhecer. Trata-se de uma belíssima produção com uma sensibilidade fora de série, sem dúvidas uma das películas mais bonitas que vi antes de tudo por tratar o assunto do envelhecimento com uma impecável doçura, lucidez e perspicácia. Os protagonistas são uma senhora que começa e lidar com Alzheimer e um senhor arquiteto superprodutivo que tem como defesa ao envelhecimento o dizer não a ele, botando a mão na massa em seu oficio e tentando tratar com indiferença a sua idade avançada. Mas para o tempo não há possibilidade de indiferença, pois ele explica que tá lá, quer queira ou não, e foi isso que aconteceu com esses dois no filme, mas de uma maneira  “sublimada” que a velhice, pra nós espectadores não é vista como problema como para seus protagonistas.

Shame

Tenho a “puxação” de usar minhas críticas em audiovisual para sucumbir meus fantasmas internos, deixar meu lado poético florescer ocultamente entre as explicações das obras. Tudo isso me leva ainda a escrever sobre cinema, pois além de gostar muito de ver os filmes, me serve como escada para escrever o que sinto, por vezes conscientemente ou não. Shame , Para tudo! Como é raro e bom nos dias de hoje achar um filme bom nos cinemas e esse ainda bem é o caso de Shame, do diretor Steve McQueen, Reino Unido, 2012; É um filme que antes de tudo aborda a ambição do ser humano, mas e aí: ter ambição e se transformar em um mostro ou ficar o de sempre pelo resto da vida? Essas e outras indagações são feitas no filme. Mas do que o protagonista ser viciado em sexo temos que ir mais a fundo nele, com todo respeito, e saber o motivo de seu vício. Se formos práticos pensaríamos assim: o cara era noiado porque nasceu em Nova Jersey e queria ser um top em Nova Iorque. Mas só isso como explicação ao m

180 Graus e Riscado

·          180 graus , do Eduardo Vaisman , Brasil , 2010; Esse filme é bom de comentar, mas pelo lado negativo, para malhá-lo, escrever mal , pois é ruim demais. Vamos malhar então que hoje estou nessa pilha. Primeiro começaremos com o protagonista da parada: Eduardo Moscovis ; E sse cara não tem lugar nem em Malhação. Um dia fui ver uma peça de teatro onde teria um “global” que faria uma ponta na peça. Todos ficaram ouriçados na expectativa com a chegada de uma bela atriz ou um ator de verdade, mas quem era? O Tal do Edu, a frustração foi geral. Dali em diante quando fico zapeando na Tv filmes e vejo o ator troco de canal na mesma hora pelo pressuposto de que se o diretor do filme foi tão estúpido em chamar o tal ator, esse filme então não vale ser visto. Então, com 180 graus não é diferente: o filme é ruim do inicio ao fim, escrevo isso numa boa sem forçassão nenhuma .   Aqui em minha terra tenho a fama em esculhambar filmes nacionais e valorizar os filmes argentinos, mas como ser

Taxi Driver

Taxi Driver ; este é um momento ímpar e de grande responsabilidade para mim por resenhar um dos melhores filmes de todos os tempos da sétima arte. Trata-se de um super clássico de Martin Scorsese atemporal que fica pra sempre pra quem admira coisas boas. Esta obra-prima volta e meia tenta ser copiada, mas sempre sem êxito. Sabe aquela plantinha que nasce de um lugar onde era impossível de nascer e sobreviver e se torna a maior e mais forte planta de todas? Pois bem, essa planta no cinema é Taxi Driver que é simples e genialmente incopiável pegando os primeiros anos de carreira de Robert de Niro, leia isso como pegando a essência marginal e magistral desse estupendo ator que depois fez muitos outros filmes que lhe renderam bem mais dinheiro a ele, mas com Taxi Drive, o De Niro fez o seu melhor papel sem sombras de dúvidas, também com um roteiro emblemático e histórico do Scorsese daqueles, era juntar o talento com a boa estória ou como se dizem no nordeste brasileiro é juntar a fome com

A perseguição

A perseguição do Joe Carnahan protagonizado pelo Liam Neeson , EUA, 2012 , é mais que visceral, é “lobal”. Vamos deixar de sermos tão rígidos em roteiros, até mesmo porque quando um filme é de ação e suspense juntos não se pode esperar nada cabeça de fato. Mas como papel de crítico não posso deixar passar algumas partes dessa película, que para quem for assistir saiba já de antemão quais brechas ficaram a desejar. A brecha citada é o local que não é dito na película, apenas se resumem a mostrar que é um local de muita neve. Então poderia ser a Antártida, Noruega, Groelândia e muitos outros. Achei uma falta gravíssima no roteiro isso. Bastava dizer no inicio do filme: “bláblálá   na...”, mas de fato não rolou de modo que quando aconteciam as cenas dos ataques dos lobos aos humanos quando o seu avião despencou em uma terra de neve ficava me perguntando: onde caralho que essa porra deve ser pra ter tanto lobo canibal e não pegar nenhum radar ou GPS. Cheguei à conclusão que seria em outro

A missão do gerente de recursos humanos

A missão do gerente de recursos humanos do Eran Rikilis, FRA/ALE/ISR 2011. Assisti a esse filme a mais ou menos meio ano atrás e nunca deu vontade de escrever, mas agora deu. Ele é bastante interessante porque nesta cinegrafia abordam-se diversos temas como: emigração, preconceito racial europeu, além de uma bela fotografia e roteiro. O filme se torna atual na questão da emigração europeia, com a Europa em crise e muitos fazendo o caminho oposto e voltando aos seus países. Mas a estória é a seguinte: o dono de uma padaria tem um funcionário em óbito em pleno ofício. E esse funcionário é de outro país cuja sua religião “obriga” ao menos que ele seja enterrado em território nacional. Daí surge à peregrinação desse empresário para levar o cara lá, que é da Turquia até Israel ( se não me engano). Escrevendo assim parece ser um filme bobo sem roteiro; que nada! Trata-se de um puta de um filmaço, em que nesse percurso da Turquia até Israel o padeiro tem de atravessar algumas pedras culturai

A praia

A praia é um filme britânico de 2000 dirigido por Danny Boyle , baseado em romance de Alex Garland e estrelado por Leonardo DiCaprio . E sse filme marcou meus v inte e poucos anos. Com a melhor atuação de Leonardo DiCaprio no cinema em minha opinião a película se deslumbra no mundo imaginário do culto a liberdade total. Estamos prospectando ou falando de um estudante que resolve colocar a mochila nas costas e conhecer o mundo. E começa por um país bem exótico onde comer escorpiões fazia parte da cultura. Da Tailândia esse aventureiro descobre uma ilha, onde vivem algumas pessoas sortudas que são autossuficientes. Porém para manter essa autossustentabilidade existe um pacto de segredo da ilha para que o sonho continue. É por esse sonho, uma ilha linda secreta com pessoas interessantes e praias de outro mundo que a película cativa. Com alucinações presentes constantes na Ilha de fato, e por isso também, o local se torna um paraíso escondido no planeta terra para os seus ilustres e do

Diário de um jornalista bêbado

Diário de um jornalista bêbado , do Bruce Robinson, EUA, 2012, embora o título já entregue, mas trata-se de um filme para jornalistas de essência. Essência essa no sentido de ser e viver jornalista, quase um camicase pela sociedade, bela cinegrafia. Quem esperava mais um personagem meio gay do Johnny Depp certamente odiou o filme, pois este não é um besteirol, mas sim um filme pensante, pulsante, emocionante e cativante. Ainda estou com as cenas na cabeça, pois assisti hoje, de modo que a emoção vai junto com as letras, às vezes dá certo, as vezes não, vamos tentar. Pois bem senhores (as), esse filme cativa porque mexe com uma das mais belas profissões, a de jornalista. No caso do jornalista desse filme, ele ora por questões existenciais pendentes ora por ossos do oficio dava o fígado para resolver seus problemas. A estória já começa com um problema: um cara que foge de Nova Iorque para Porto Rico em 1960, quando este país ainda pertencia aos EUA. O fato de a estória ser verídica tra

Jogos Vorazes

Jogos Vorazes, do Gary Ross, EUA, 2012. Tem muita gente falando que o filme é um besteirol e coisa e tal, porém eu não achei isso, um pouco longo talvez. Trata-se de um filme futurista com um roteiro um pouco confuso, principalmente no que se diz respeito à criação do reality Jogos Vorazes. Fora isso, que é uma parte bastante significativa no sentido de entendimento para que a película transcorra, pois é a razão para que as boas cenas de ação aconteçam, o filme é um espetáculo: tem senso de companheirismo, de coragem, de fidelidade os seus participantes ou jogadores para com suas regiões, enfim não é a toa que está em primeiro lugar em bilheteria nos EUA até agora e no Brasil até semana passada ou é à toa? Humilde e encarecidamente como um mero sofredor de ver (ver não, que ainda tenho um pouco de juízo, mas ouvir em todo canto durante esses doze últimos anos o Reality Global BBB) que mude as regras do jogo global e as copie como as do filme, onde os jogadores morrem de verdade. Por

O guarda

O guarda, do John Michael McDonagh, 2012, é mesmo o melhor filme produzido pela Irlanda nos últimos tempos como escreve e chama os espectadores em seus folders. Com a constatação de que o irlandês já anda com o racismo desde seu ventre, cabendo só a esse povo, e nem mesmo os ingleses ou outro qualquer, a original identidade britânica, e por isso só já melhor que os outros povos de qualquer país, um policial negro americano literalmente se fode na mão de um autêntico guarda irlandês de uma cidade em interiorana. De fato, o policial britânico é bem engraçado e tem maneiras peculiares e pouco convencionais de viver sua vida. Primeiro ele acha a maior perda de tempo se relacionar com alguém e segundo: Família pra quê? Só pra encher o saco? Com uma mãe com pouco tempo de vida esse policial, que como um autêntico e único verdadeiro britânico bebe cerveja como se fosse água, como não poderia deixar de ser dando mais ainda identidade a seu personagem juntamente com a sua farda e seu boné, te

Bili Pig

Bili Pig, do Eduardo Belmonte, 2012, é mais uma comédia nacional meia boca, ou seja, mediana. É o tipo do filme que veio para levantar a moral daquele brasileiro operário padrão e este sair do cinema com um sorriso no rosto e falar que a vida é boa. Por esse motivo, por ser um filme leve, que coloca as pessoas pra cima com uma comédia bem tramada, não podendo-se escrever o mesmo do roteiro, Bili Pig vêm com um corretor de seguros picareta feito pelo Selton Mello e de certa forma dando suporte a estreia da Grazielli Massafera as telonas e já como protagonista. Protagonista esta que quer ser famosa e rica a qualquer preço. Pra segurar a Grazi ou o filme, do outro lado tem-se um padre sacana e cheio de paranoias devido a sua infância como coroinha ladrão, feito pelo experiente e sempre bom Milton Gonçalves. Por se tratar de comédia brasileira sem querer ter a ingenuidade de comparar com as comédias da Argentina, por exemplo, tá de bom tamanho, pois trata-se de um filme bem produzido e

Dama de Ferro

Dama de Ferro, do diretor Phyllida Lloyd, Reino Unido/ França, 2012, é uma película benigerantemente política, mostrando a cinegrafia da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher.   Com ênfase em sua forte personalidade, o que dá o título do filme, Meryl Streep mereceu com louvor o Oscar de melhor atriz ganho este ano. O filme se desenha na própria vida dessa política, que foi um grande ícone político mundial em todos os tempos na era pós-segunda guerra mundial. O roteiro é apenas razoável, porém com uma liberdade em mostrar todos os períodos da protagonista de uma forma bem legal, desprovida de qualquer pudor, seja na hora em que ela decide lutar e esmagar a Argentina na guerra das Malvinas ou nos últimos dias mostrando uma mulher doente com Alzheimer . O filme vale ser conferido, pois ainda está nos cinemas, por se tratar de uma aula de estória da política mundial pós-segunda guerra.

Habemus Papam, Fúria de Titãs II e Beleza adormecida

Habemus Papam , do Nanni Moretti, França/Itália, 2012; Não vou dar o final do filme, mas esse salvou essa pobre película, digamos que mereceria uma nota 6,0 passando raspando no bom senso comum. Coisas abordadas de fato na película são valorosas e informacionais no que diz respeito ao regime da eleição do novo papado. Porém, de suma, o roteiro se presta a só ficar em uma crise existencial do novo papa. Acredito que o filme agradará os católicos, os protestantes e os ateus de leve. Mas nem isso salva esse roteiro fraco com personagens pouco convincentes, mostrando e resumindo a crise da igreja católica nos tempos atuais no quando o assunto é se reinventar. Fúria de Titãs 2,   do pouco criativo diretor Jonathan Liebesman , EUA, 2012, consegue ser pior que o primeiro filme da saga. Às vezes fico pensando; o que me faz ainda ver filmes como esse? Talvez pelo título ou a obra abordar a estória dos Deuses Gregos. Porém nada disso explica essa minha tamanha estupidez por ir vê-lo. A única

Xingu

Xingu , do Cao Hamburguer, Brasil, 2012, veio em hora certa para alertar a estupidez e o crime que nossos representantes políticos estão cometendo com a construção da usina de Belo Monte. Todos somos crentes que o Brasil precisa evoluir, mas não de qualquer forma. Construir a usina de Belo Monte é um genocídio primeiro contra a própria Amazônia e nosso planeta, e segundo contra os ribeirinhos e os habitantes da região, inclusive os índios, que na película citada, com a dura e incansável missão dos irmãos Villas Boas em construir o parque nacional do Xingu. Alguns amigos meus saíram do cinema estarrecidos de como o próprio governo brasileiro matou tanto índios para a construção da chamada ferrovia Trans-amazônica. Pois bem, hoje não está sendo diferente com a construção dessa porra dessa usina hidrelétrica, mas ao invés dos índios dessa vez o extermínio ou genocídio será contra os ribeirinhos: gente que vive às margens do Rio Belo Monte e serão afundados literalmente quando toda a estru

Inquietos

Inquietos do Gus Van Sant, EUA, 2011 é o tipo de cinegrafia que embrulha o estômago. Mexe porque adentramos em algo que não estamos prontos em lidar: a morte e a loucura. Os seus dois personagens centrais ( Annabel Cotton - Mia Wasikowska e Enoch Brae -Henry Hopper) forma um casal de uma garota que tem leucemia e três meses de vida, e de um garoto órfão que tem um amigo imaginário, perdeu seus pais em um acidente de carro e por isso tem a estranha diversão em ir a velórios. Com um querendo enlouquecedoramente morrer ao viver sua angustiante loucura e a outra querendo viver, desenhando e estudando tudo que se relaciona a pássaros para criar asas e sair dessa e continuar viva. Assim, com essa ambiguidade dos personagens a fita é rodada em seus 90 minutos, mostrando como somos frágeis quando não temos o poder de decidir. De certa maneira mexe e embrulha nosso intestino porque existe um viés na película não dramático negativamente, mostrando seus personagens enfrentando seus problemas, o

Gainsbourg – O homem que amava as mulheres

Gainsbourg – O homem que amava as mulheres , de Joann Sfar, 2010, França -Conta a trajetória de um dos mais renomados astros da música e pintura francesa(Serge Gainsbourg), porém além da arte ele tinha outra carta na manga poderosíssima que era a atração fatal que exercia sobre as mulheres. A atração era tamanha fatal que o cara roubou do Marlon Brando a Brigitte Bardot, só para ter uma ideia de que o cara não era mesmo fraco nesse quesito. Ela, sem dúvidas, foi à paixão mais intensa dele que como todo artista tinha o seu lado louco, mas com ele essa loucura meio que se exponenciava tamanha sua capacidade criacional e falta de sono fumando um cigarro atrás do outro para se manter “lúcido” ou não. O cara tinha um amigo fantasma com um nariz e orelhas enormes que faz da película uma coisa dúbia, mostrando a conversa interna de cada um guardamos dentro de nós, porém este diálogo se expande também de forma avassaladora com o protagonista. E a dubiedade de valores ou a confusão de ideias d

Um método perigoso

Um método perigoso , de direção de David Cronenberg , Alemanha, Canadá, Estados Unidos , 2012, é um filme de descobertas de Freud e Jung, os percussores da Psicanálise e necessariamente nessa ordem. A obra é intensa e densa, loucura, obsessão e a origem da psicanálise são os temas abordados, além de amor, respeito e paixões, enfim um resumo da alma humana, o que é o caso que essa ciência sempre pretendeu a entender a ainda continua. Destaque para a brilhante atuação da belíssima atriz Keira Knightley , interpretando uma judia “louca” e principal “cobaia”para os novos e radicais conceitos da medicina criada por Freud, na qual Jung pegou seus principais princípios, ou seja: bebeu na fonte querendo transpor e acrescentar algumas cositas mais. Freud ( Viggo Mortensen ): Judeu e menos rico que Jung (Michael Fassbender):Ariano que era casado com uma mulher abastada e ariana também. Toda a estória acontece antes do nazismo começar. No meio da estória entre Freud e Jung de amizade e também co

Pina

Pina - Alemanha / França / Reino Unido, 2012, do aclamado e sábio (por ter escolhido esse filme em especial) diretor Wim Wenders . Um filme para se ver ao mínimo duas vezes tamanha sua qualidade. Uma obra-prima “percepcional” (percepção + excepcional). O filme abre portas para o mundo da percepção, da subjetividade, do encantamento e tudo mais que se relacione com a dança e também com o nosso próprio corpo. O filme de tão denso e agradável ao mesmo tempo, transpõe você ao mundo das percepções sensoriais do seu próprio eu. É quase como tomar um chá de cogumelos, porém com uma sutileza e um empenho sob-humano de seus dançarinos para explicar a sua diretora Pina, que deu um chá de sumiço neles, que não dá nem pra escrever muito a respeito da obra. A sugestão é que percebam o mar de sentimentos que envolvem a película do inicio ao fim e saiam mais flexíveis em corpo e mente, ao menos foi isso que senti, mergulhei de forma tão legal na película que quando saí do cinema me achei até mais ma